Arqueologia da Goma de Mascar




segunda-feira, 3 de julho de 2017

Resenha: 5 Gum (Sabor Peppermint Cobalt)

Senhoras e Senhores, peço um minuto de sua atenção para apresentar-lhes uma das melhores coisas que vocês podem colocar em suas bocas. Com vocês, 5 GUM PEPPERMINT COBALT!






Apenas uma palavra pode definir a linha 5 GUM da Wrigley: elegância.

Esse é um chiclete fino, delicadamente elaborado para situações especiais e momentos marcantes.

EMBALAGEM: elegante. O preto domina a maior parte da embalagem, indicando o ambiente ao qual esse chiclete pertence, a noite! Um minucioso trabalho digital circular compõe a face dessa embalagem tão refinada. Como nas demais embalagens de chicletes da Wrigley, um fecho conveniente na parte de trás evita que seus chicletes caiam no chão. Por dentro, um bonito papel azul irá combinar perfeitamente com seu vestido longo ou terno. 

SABOR: elegante. É um sabor refrescante, mas sem ser ardido como se você tivesse comido muito abacaxi e ficado com aftas na boca. Em nossos testes, o Peppermint Cobalt harmoniza bem com espumantes chilenos.

TAMANHO DA UNIDADE: justa. É a embalagem padrão das outras linhas de chiclete da Wrigley. Vem com 15 sticks (varas). Cada vara tem 2,7 g. Por tratar-se de um produto destinado a ser usado em ambientes sofisticados, você não quer ficar com uma bolota dentro da boca, parecendo que engoliu um brigadeiro de festa de criança de uma única vez, porque depois que cantaram o parabéns todo mundo avançou nos docinhos e eles evaporaram, menos aqueles docinhos de leite ninho que ninguém gosta.

BOLÂNCIA: irrelevante. Esse é um chiclete refinado. Você não vai ficar querendo fazer bolas, certo?

CERTO?

FIXAÇÃO: incrível. Esse realmente mantém o sabor por muito tempo. Tá certo que os sabores de menta e hortelã já têm uma fixação maior mesmo, mas o Peppermint Cobalt dá um show nesse aspecto. Uma hora depois você ainda está sentindo o frescor.

Considerações Finais

Um chiclete especial, para momentos especiais. Assim é 5 GUM PEPPERMINT COBALT. Um produto de requinte, fabricado com todo o esmero que pessoas exigentes merecem.

A linha 5 GUM tem outros sabores, mal posso esperar para provar todos eles.

P.S.: Para o consumo desse chiclete, recomendamos o uso de traje esporte fino.

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Resenha: Trident Fresh (Sabor Limão Ice)

A marca Trident chegou ao Brasil em 1981 e seu principal "selling point" é não ter açúcar.

Isso poderia ser uma grande desvantagem, só que não é. O menu de sabores é vasto e hoje vamos falar sobre o novo sabor da Linha Fresh, a edição limitada de Limão Ice!




Antes de entrar na resenha em si, vamos a alguns comentários iniciais sobre o Trident. Em meados da década de 50 nos USA (United Shopping of America), as autoridades dentais (?) estavam preocupadas com a quantidade de açúcar que as crianças estavam ingerindo. Enquanto outras pessoas estavam preocupadas com a Guerra Fria, talvez. Ou a ameaça nuclear. Whatever...

O fato é que isso desencadeou o desenvolvimento de um chiclete que tivesse a mesma textura e sabor, mas sem o açúcar. Depois de diversos testes em ratos e porquinhos da Índia (também chamados de chinchilas), foi lançada, em 1962, a primeira versão comercial do Trident, no sabor menta (o azul).

O nome do chiclete é uma alusão ao estado da arcada dentária das pessoas que mascavam aqueles chicletes cheios de açúcar (Trident = três dentes).

Agora vamos aos nossos comentários!

EMBALAGEM: é meio pobre. Até que não é tão feia, mas o material é meio frágil. Se você esquecer a embalagem no bolso da calça e sua mulher colocar a calça na máquina de lavar e programar a lavagem pesada, que centrifuga duas vezes, porque sua calça está suja de terra, é bem possível que sua embalagem vá para o espaço! Por dentro, cada unidade é acomodada dentro de um papel branco meio transparente. A única coisa boa é que a embalagem é bem fina e cabe em qualquer lugar. Ok, em quase qualquer lugar.

SABOR: estranho. Não é estranho no sentido exótico (estranho bom). É estranho no sentido de bizarro (estranho ruim). O sabor do Limão não é muito comum em chicletes, mas isso em si não é nenhum problema. O que me incomodou foi a combinação com a menta. Não funcionou para mim.

TAMANHO DA UNIDADE: ridícula. A embalagem vem com apenas 5 unidades. Cada unidade tem 1,6 g. A título de comparação, uma unidade de um chiclete decente tem entre 2,5g e 3g. Para não ficar tão feio, na parte de trás vem a informação de que 1 porção corresponde a 2 unidades. Rá, muito engraçado! Seria legal se a embalagem NÃO VIESSE COM 5 UNIDADES, CACETA! Como é que eu vou dividir 5 unidades em porções de 2 unidades, cara pálida?!? #putafaltadesacanagem 

BOLÂNCIA: muito baixa. O Trident, em qualquer versão, é conhecido por não ser um bom chiclete para fazer bolas. Em primeiro lugar porque, como vimos acima, você teria que colocar 13 unidades na boca para começar a brincar de fazer bolas. E em segundo lugar, a goma é meio quebradiça e a bola não é estável.

FIXAÇÃO: baixa. Apesar do Trident ter melhorado nesse aspecto, principalmente em relação ao produto dos anos 90 (minha tenra infância), ainda tem uma fixação mais baixa que os demais chicletes. Aqui cabe um comentário adicional. Ocorre um fenômeno estranho com a goma depois de cerca de 50 ou  60 minutos de mastigação. Uma vez, eu estava mascando um Trident e conversando com uma pessoa. A conversa se esticou um pouco (bastante, e eu não estava exatamente feliz) e a goma começou a se desfazer na minha boca. Eu tive que engolir aquela água estranha. Tive sensações horríveis perfazendo o meu corpo e pesadelos por vários dias. Cuidado!

PREÇO: é razoável, considerando que é um produto sem açúcar. No pior dos casos, você vai pagar R$ 2,00 ou R$ 2,50. Vá lá, não é uma fortuna!

Considerações Finais

O Trident Fresh Sabor Limão Ice decepciona. O sabor é bizarro e as demais características da linha Trident não ajudam. Nesse sentido, é até bom que essa seja uma "Edição Limitada"!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Resenha: Starburst (Sabor Fruit Punch)

A Juicy Fruit é uma tradicional fabricante de doces americana. Sua linha de chicletes Starburst tem os sabores Strawberry (frutinha azeda, em português) e Watermelon (melão aguado).

A esses sabores vem se juntar um novo: Fruit Punch (Soco Frutal).



A julgar pela foto da embalagem, o sabor é um mix de laranja, cereja e morango.

EMBALAGEM: gostei da embalagem. É pequena o suficiente para caber no bolso sem chamar a atenção e seus amigos ficarem pedindo um chiclete ou acharem que você está feliz em vê-los. Tem um azul claro bonito combinando com um amarelo mais fechado. Além disso, tem um fecho na parte de trás, bastante conveniente. Por dentro, cada unidade fica envolta em papel alumínio, tipo tradicional de embalagem para chicletes. De bom gosto! 

SABOR: muito agradável (estou mascando um agora). Eu não gosto muito do sabor artificial de cereja e esse sabor fica meio escondido. O destaque maior fica entre laranja e morango, com uma pequena proeminência do morango. É suave não intrusivo. Nas notas finais, o sabor de cereja ganha algum destaque, mas nada que atrapalhe a experiência.

TAMANHO DA UNIDADE: justa. A embalagem vem com 15 sticks (varas). Cada vara tem 2,7 g. É necessário dobrar um pouco para colocar na boca. Mas uma vez lá dentro, ele fica num tamanho agradável para mastigar. É possível combinar dois sticks caso você seja guloso.

BOLÂNCIA: baixa. Essa versão tem a goma um pouco dura para fazer bolas. Isso faz com que as bolas fiquem pequenas e com as paredes grossas. Outro problema é que a goma é um pouco pegajosa demais e bolas estouradas podem deixar resquícios de goma na sua cara.

FIXAÇÃO: boa. A transição do início para o meio é rápida, mas o meio é persistente e tem uma longa duração.

PREÇO: sei lá. Eu ganhei algumas unidades, reforçando um dos meus lemas de vida, “desfrutar sem possuir”.

Considerações Finais

Houve uma redução das calorias de cada unidade em 35%. Sim, dane-se.

No verso da embalagem, há uma informação interessante: “produced with genetic engineering”. Tradução: “feito com produtos mutantes”.

Não sei bem o que pensar disso. Talvez o chiclete venha com nanomáquinas que controlam o cérebro. Bom, o que importa é o sabor. E a fixação. 

O Chiclete Como Metáfora da Vida

Existem coisas na vida que são simples mas contém em si verdades profundas.

O chiclete é uma delas.

Algumas coisas são feitas para serem efêmeras, passageiras. Não são, por isso só, ruins ou boas. Só não são duradouras. Essas coisas vêm, deixam marcas em nós e se vão lentamente como aquele ônibus maldito que não te esperou depois de você correr mais que o Usain Bolt para chegar ao ponto.

Nós temos a tendência de montar altares para esses momentos e tentar eternizá-los. Mas eles não foram feitos para isso.

São momentos que se vão como a fumaça de  uma Kombi desregulada ou do churrasquinho do parque enquanto você espera seu espeto de frango com bacon que demora uma eternidade para ficar pronto.

Enfim, são como chiclete.

O começo é doce e cheio de surpresas. Enquanto seus dentes e língua(s) trabalham para amaciar e sugar todo o açúcar (caso não seja um Trident) da goma, as sensações percorrem todo o seu corpo. O começo de descobertas e novas emoções inebria nossa mente e nos faz mergulhar num mundo sensorial.

A próxima fase é o meio. Parte daquelas sensações já se foi, mas ainda há ecos das cores e sabores na sua boca. Caso seja um chiclete de menta ou hortelã, ou um daqueles muito ardidos, você ainda sente o frescor quando suga um pouco de ar para dentro. Nesse momento aparece o prazer da mastigação, de rolar a goma de um lado para o outro da boca.

Mas, como tudo no mundo, o sabor se vai por completo. A goma tão esmagada por dentes brancos começa a enrijecer e empedrar. O sabor se torna amargo e estéril. Não é o fim do mundo, é só o fim de tudo...

Assim é a vida. Assim somos nós.

Todavia, não quero terminar esse post num tom aborrecido ou amargurado.

Você sempre pode cuspir essa porcaria no lixo, pegar o pacote e colocar um novo chiclete na boca! A alegria voltou. A esperança venceu o medo! 

A não ser que o pacote tenha acabado, aí é o fim mesmo...






terça-feira, 13 de junho de 2017

Porquê GomaGeek?

Eu queria falar um pouco sobre a razão da existência desse Blog.

Primeiro vamos falar sobre o nome, GomaGeek. Nós não sabemos direito de onde veio esse nome. E não temos uma explicação melhor para isso.

E também é muito difícil criar um nome que não exista ainda, sabia? Antes de criticar nosso nome, você deveria tentar, espertão.

Bom, voltando ao assunto.

Existem centenas, senão milhares, de blogs e sites especializados em todo tipo de tranqueira. De vinhos a carros, de livros a músicas. Todas coisas dispensáveis e fúteis.

Entretanto, nossa busca por aquilo que realmente importa não nos deu nenhum resultado no Google!

E o que é essa coisa que dá sentido à vida? CHIIII  -  CLEEEE  -  TEEEE!!  Oba! Oba!

(Se você pensou em músicas baianas, você tem problemas. Mas falaremos disso em outro post)

Daí surgiu a grande ideia. Por que não fazermos nós mesmos? A resposta foi óbvia: porque somos incompetentes.

Mas além de incompetentes, somos teimosos! Então, toma essa!

Falaremos aqui de chicletes. Quem são, onde vivem, de que se alimentam?

Responderemos essas e outras perguntas relevantes aqui, nesse espaço.

Sejam bem vindos e bora mascar!

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Arqueologia da Goma de Mascar

Se você acha que chiclete é coisa nova, se enganou, irmãozinho! Um estudante de arqueologia da Finlândia encontrou uma goma de mascar com aproximadamente 5 mil anos!!! 😋😱😲 O chiclete, feito de casca de bétula, contém substâncias antissépticas, o que ajuda no combate às infecções. 😷

* Não informaremos a fonte dessa pesquisa, porque não temos. 

** Não informaremos o nome do estudante por motivos de segurança. Apenas diremos que ele ainda mora na Finlândia. E continuará morando por um bom tempo.